Para respondermos esta pergunta precisamos entender que alguns comportamentos são típicos da idade da criança e outros podem ser um pedido de ajuda, por isso é importante analisarmos o que está por trás do comportamento, qual a sua função e o que a criança espera alcançar agindo de determinada maneira.
Todo comportamento possui um objetivo, consciente ou inconsciente; é uma forma de comunicação, de dizermos o que estamos pensando e sentindo. Alguns fatores que influenciam o comportamento da criança são os traços de temperamento, algumas experiências traumáticas, necessidades fisiológicas como: fome, cansaço, sono e a interpretação que ela faz dos acontecimentos. Geralmente ela observa tudo que acontece em seu ambiente e na maioria das vezes interpreta os fatos de forma errada e age de acordo com a sua interpretação.
Quando a criança está vivenciando alguma situação que ela mesma interpretou como negativa é normal ela ter uma emoção e um comportamento compatível com seu pensamento. Ela poderá acreditar que não é aceita, não é amada, não é valorizada e se sentir insegura, ameaçada, desamparada, ressentida, com raiva, etc; por isso poderá apresentar comportamentos que transmitem o que está sentindo, que falam de uma necessidade que muitas vezes não está sendo vista pelos pais.
Precisamos olhar para o "mau comportamento" e percebermos que estamos diante de uma oportunidade de conhecermos melhor os filhos, ensiná-los a lidar com as próprias emoções e com as situações desafiadoras, por isso é necessário criar uma conexão com eles, conversar sobre suas dificuldades, buscar compreender o que eles não conseguem expressar; validar o que sentem e ensiná-los a agir de forma mais adequada e nunca esquecermos de que as crianças estão na fase de aprendizado.
Até o nosso próximo texto,
Marlene Barbosa Lima
Psicóloga especialista em TCC na infância e adolescência
Dica:
Veja também a Reflexão: O que é melhor: Aprender a lidar com as emoções ou ser racional?
Comments